Mais uma vez, a cama estava vazia quando acordei. Senti um vazio no peito; mais uma vez, eu teria que me apegar às lembranças que ele deixou, até sua próxima visita. Eu estava com o corpo dolorido, mas consegui me levantar da cama. Tomei meus comprimidos.
— Bom dia. — Chamou a voz, e lá estava Daemon, ainda folheando meu caderno.
— Você ficou.
— Sim, fiquei.
— Por quê? Digo, estou feliz — quer saber? Esquece.
Ele me deu um pequeno sorriso, e talvez tenha sido a coisa mais humana que já o vi fazer.
— Você não precisa se sentir desconfortável perto de mim; eu não vou te machucar. — Ele garantiu. Eu não consegui pensar em nada para dizer. — Me dei conta de que não sei nada sobre você — exceto que é a curandeira da alcateia. Eu não sabia que você desenhava. Este desenho está muito bonito.
— Obrigada. Eu desenho e pinto há anos; é algo que faço para manter a calma.
Essa foi a vez que ele mais falou desde que o conheci, e eu queria continuar a conversa, mas sem dizer algo errado.
— Que outra