“Maria Luiza Melo”
Aquele tal de Enrico só me apavorou, me disse cada coisa que me fez desejar a morte, mas até agora ninguém veio, apenas me trocaram de quarto, nada mais. Tomara que não tenham me escutado falando com o Enrico. Se bem que esse nem devia ser o nome dele e talvez ele fosse só mais um desses que me trazem essa comida nojenta. Mas e se o que ele me disse fosse verdade? Poderia ser, porque essa roupinha que me deram é de prostituta. Se o que ele disse fosse verdade, eu não me daria mal sozinha.
A porta foi aberta e dois homens entraram, um era o tal Luiz, que estava com a Alice e a ajudou a me pegar, o outro, era diferente, um velho muito bem vestido. Talvez ele fosse o tal senhor.
- Olha, não é mal! – O mais velho falou depois de dar a volta em torno de mim. – Luiz, pode sair. – Ele mandou e o Luiz saiu. – Olá, querida!
- Quem é você? – Eu perguntei, tentei não demonstrar medo.
- Eu sou o seu novo empregador. Pode me chamar de Senhor. – Ele sorriu e eu olhei para ele com