“Mônica Vargas”
Mas que falta de sorte a minha, dei o golpe perfeito, que eu arquitetei e executei por mais de um ano, e fui feita de idiota em poucos dias. E agora estava aqui, presa e sem um centavo na minha conta bancária. Pelo menos a minha mãe responderia em liberdade. Pena que não tinha sobrado dinheiro nem para um advogado, eu dependeria do advogado público que pela cara de cansado e a apatia não ia fazer muito por mim. Mas eu achei estranho ele ter voltado, ele esteve aqui essa manhã e falou que demoraria a voltar, mas agora estão me levando para a salinha porque o advogado quer falar comigo de novo.
Eu fui colocada naquele reservado. Havia uma cadeira, um interfone e um vidro e do outro lado um homem elegante sentado que fez sinal para que eu pegasse o interfone. Mas eu conhecia aquele homem.
- Você não era o investidor do Lanoy? – Foi a primeira coisa que eu perguntei.
- Antônio Guerreiro. Sim, era eu. Eu sou advogado, estava cuidando dos interesses de um cliente muito espec