“Tomás Zapata”
Mas a Magda era uma figura mesmo. Eu tinha a impressão de que essa mulher tinha muito mais camadas do que apenas a da madrasta má que odeia a enteada. E eu realmente me divertia a atormentando. Ela estava tão brava que eu decidi convidá-la para dar uma volta, mas eu tinha certeza de que ela me atiraria o capacete quando visse a moto, só que não, ela subiu e foi comigo.
Foi até agradável, ela ficou quietinha curtindo a música e virando um gin tônica atrás do outro. Eu dei corda, queria ver essa madame, cheia de não me toques, descer do salto, como dizem. E ela desceu, como se nem fosse a madame mais, e bêbada ela era uma mulher muito divertida.
Nós subimos na moto e voltamos para casa, ela ria e cantava agarrada a minha cintura, enquanto eu pilotava e quando ela desceu da moto, quase caiu de cara no chão, mas eu consegui segurá-la, a peguei pela cintura e a ajudei a ir até a porta. Ela mal parava de pé, mas estava achando tudo tão engraçado, falando com a língua enrolada