Mundo ficciónIniciar sesiónOuvi cada palavra dele, e saber que a empresa de Victor era tão importante quanto a clínica do meu pai fazia meu peito apertar. Respirei fundo, caminhei até ele e passei as mãos no rosto daquele homem, naquela expressão dura que eu já sabia esconder medo, dúvida.
— É por isso que não me falou antes? — perguntei, a voz mais suave agora.
Ele encarou meus olhos, sério, quase sem piscar.
— Porque não consigo confiar em ninguém.
Ri baixo, triste, com uma ponta de ironia.
— Estou vendo — disse, afastando meus dedos do seu rosto. — O fato de achar mesmo que fiz algo com teu meio-irmão te deixou maluco.







