Ele lançou um olhar breve para ela antes de voltar os olhos para a rua.
— Não é desprezo. — A voz dele saiu baixa, mais pesada.
— Muito pelo contrário... Eu já amei mais do que qualquer homem nessa vida .Quanto ela morreu,Julia ,minha falecida esposa , tudo em mim morreu junto. Inclusive a capacidade de sentir esse tipo de amor de novo.
Ela o fitou, surpresa com a honestidade.
— Você é viúvo...?
Ele assentiu.
— Sim. E antes que pergunte, se tenho filhos ,sim, tenho uma filha. de seis anos. A razão da minha vida.
Liz sentiu o coração apertar.
— E mesmo assim vai me levar pra sua casa? Onde a sua filha mora?Ela não vai estranhar isso ?
Ele respirou fundo.
— Ela não está em casa. Está na casa dos avós. Dormindo lá hoje... contra a minha vontade.
— Por quê? — perguntou, curiosa.
A expressão dele endureceu.
— Os pais da minha esposa.... estão tentando me tirar a guarda dela na justiça. Acham que eu não sou um bom pai por... motivos pessoais. Está sendo uma briga