Com o polegar, ele tocou seus lábios. Ela fechou os olhos, sentindo a eletricidade daquele toque. Esperava pelo beijo. Queria. Desejava. Mas ele se afastou. — Eu te quero, Liz. Como nunca quis mulher alguma. E está mais do que evidente. Ele se acomodou no sofá com a confiança de um predador no controle. Esticou uma das pernas com indolência e, com um leve tapa em sua coxa musculosa, a convidou sem dizer uma palavra. O gesto, simples e carregado de masculinidade, arrepiou cada centímetro do corpo de Liz. Hesitante, sentindo o coração martelar no peito, ela se aproximou. Seus olhos se encontraram por um instante — intensos, carregados de tensão e desejo contido — antes que ela finalmente cedesse e se acomodasse em seu colo. As mãos dele imediatamente deslizaram por sua cintura, firmes, possessivas,como se já fosse dele. A sensação do corpo dela encaixado sobre o dele fez seu maxilar travar. O calor entre os dois era palpável, quase sufocante. O vestido fino de Liz pouco escond
Mas Alexander não havia terminado com ela. Carregou-a no colo, o olhar faminto como o de um homem que havia provado algo viciante e precisava de mais. Entraram no quarto e ela, já mais ousada, o empurrou sobre a cama e montou sobre ele. Seus quadris começaram a se mover lentamente, provocando-o, guiando o ritmo. Alexander segurava seus quadris, os olhos cravados nela como se estivesse diante de uma deusa. — Isso... assim nifetinha gostosa ...me mostra do que é capaz — ele rosnou, sentindo-se à beira da loucura. Ela o cavalgava com um misto de desejo e desafio, os cabelos soltos balançando, os seios se movendo com cada movimento, os gemidos se misturando à respiração pesada dele. O prazer veio novamente, intenso, avassalador. E mesmo depois disso, ainda não tinham terminado. Alexander parecia uma máquina de fazer sexo e ela se igulava ao desejo insaciável dele ,depois que descobriu o prazer em seus braços. Foram para o banheiro. A água quente caía sobre os corpos ainda febris
Liz hesitou por um segundo. Uma pausa curta, mas suficiente para que o silêncio falasse por ela. — Não... por que eu ficaria? — mentiu, sorrindo com os lábios, mas não com os olhos. Alexander a observou em silêncio por um instante. Talvez tenha percebido a mentira, talvez tenha decidido ignorá-la. Seu rosto endureceu levemente, como se precisasse proteger algo dentro dele — ou dentro dela. — Que bom que não ficou — disse, a voz mais fria do que antes. — Porque eu fui claro, Liz. Não espere de mim o que eu não posso te dar. Se cometer o erro de se apaixonar e me cobrar algo... saiba que eu não hesitarei em tirar você da minha vida. Sem hesitar. O coração de Liz se apertou. Não pelas palavras em si, mas pela firmeza com que ele as disse. Ele não estava brincando. Mas, mesmo assim, ela não recuou. Quis desafiá-lo. Ou talvez, só quis entender até onde ele iria. — E se você se apaixonar? O que eu devo fazer? Ele riu. Um som baixo, rouco, sem alegria. — Não se preocupe, Li
Alexander a virou com facilidade, ficando por cima. Seus corpos se uniram em um encaixe perfeito, e a sensação foi tão arrebatadora quanto na noite anterior. Mas havia algo mais agora… um desejo misturado a necessidade, como se ambos soubessem que estavam se viciando um no outro. Os movimentos eram lentos no começo, quase uma dança. Depois, mais intensos. Mais fortes. Mais profundos. — Olha pra mim — ele ordenou, segurando o rosto dela entre as mãos. — Quero ver o que faço com você. Liz obedeceu. E o que Alexander viu em seus olhos o assustou. Entrega. Desejo. E… algo mais. Algo que não ousou nomear. O orgasmo veio como uma explosão, levando os dois a um limite de prazer e loucura que deixava marcas invisíveis na alma. Quando o corpo de Alexander tremeu sobre o dela, Liz envolveu-o com as pernas e os braços, como se quisesse prendê-lo ali, por mais tempo… por sempre. E, depois, ficaram em silêncio. Respirando juntos. Corações acelerados. Emoções à flor da pele. A
Alexander olhou para Liz por um breve instante, como se confirmasse algo silencioso entre eles. Depois, voltou-se para a filha e, com firmeza e ternura na voz, respondeu: — Mais que isso, meu amor. A Liz é minha noiva. O tempo parou por um segundo. Os olhos de Adélia brilharam, e um largo sorriso iluminou seu rosto. — Sério?! Que legal! Ela é muito bonita, papai! Agora eu vou ter uma mãe! Porque a minha de verdade mora no céu, né? — disse, inocente, encostando a cabeça no ombro dele. Alexander a apertou contra o peito, com um nó na garganta. Não conseguia responder, só acariciou seus cabelos com carinho. Já Tamara… congelou. Ela piscou várias vezes, como se tivesse escutado errado. A palavra “noiva” reverberava dentro dela como um trovão. As mãos tremiam discretamente, mas o sorriso forçado não caía de seu rosto. — Noiva? — repetiu, com um tom mais ácido do que pretendia. — Como você pode estar noivo de uma mulher que ninguém nunca viu ao seu lado antes? Você nunca
Quantas vezes sonhou com aquele homem dizendo que ela era a mulher da vida dele? Quantas noites passou acreditando que bastava um tempo para que ele enxergasse o óbvio? Que ela era a única constante. A única ali. Mas agora… tudo isso desmoronava diante de uma única palavra. Noiva. O gosto da humilhação era amargo. Alexander não apenas estava com outra mulher. Ele a escolhera. Apresentara-a à filha, anunciara um noivado, e ainda tivera a ousadia de prometer um jantar com a família. Diante dela. Como se Tamara fosse apenas mais uma visita qualquer. Não era. E ela sabia disso. Ela conhecia Alexander melhor do que ninguém. Sabia seus hábitos, seus silêncios, até os olhos cansados ao final de um dia difícil. Sabia o quanto ele podia ser frio, fechado, impenetrável — mas também sabia que, em seus raros momentos de fraqueza, era a ela que ele permitia estar por perto. Ela era a mulher que carregava a lembrança viva da irmã que ele amou. Era a ponte entre passado e presente. Era…
— Ela ficou linda, não é? — perguntou com um sorriso doce, como se quisesse arrancar dele um reconhecimento. Alexander forçou um pequeno aceno de cabeça. — Ficou. Você tem jeito com crianças. Liz abaixou o olhar por um segundo. Ela sentia. Ele nunca dizia mais do que isso. Nunca passava da superfície. — Já está quase na hora de levá-la — disse ela, pegando a mochilinha rosa da menina. Ele se afastou do batente e assentiu, indo em direção à porta. — Eu levo. Adélia correu até ele e agarrou sua mão com a confiança de quem sabia que aquele era seu mundo seguro. Liz observou, parada no quarto, com a alma dividida entre o carinho que começava a sentir por aquela menina... e a sensação cada vez mais nítida de que Alexander construíra muros altos demais ao redor do coração. Quando a porta se fechou atrás deles, Liz sentou-se na cama e encarou o chão. Ela sabia que não era Julia e nem pretendia ser e outra vez se lembrou da acordo que fez o contrato de casamento que já havia
Minutos depois, a equipe de fotografia chegou. Fotos foram tiradas, poses dirigidas, e o vestido de Liz ganhou vida sob os flashes. Adélia, ao lado dela, posava sorridente, segurando a mão de Liz como se já fosse sua família. Na sala de estar da mansão, Alexander aguardava. Impecável num terno preto de alfaiataria italiana, seus cabelos estavam penteados com perfeição e o olhar mantinha a frieza habitual, embora algo nos olhos denunciasse inquietação. Quando Liz apareceu no alto da escada, ao lado de Mauro, uma tensão silenciosa percorreu o ambiente. Alexander ergueu o rosto. Seus olhos encontraram os dela. E por um segundo... só um... Liz pensou tê-lo visto prender a respiração. Mas talvez fosse imaginação. Foi Adélia quem o quebrou. — Papai, a Liz parece uma princesa daquelas da Disney. Alexander olhou para o retrovisor, e seus olhos cruzaram com os de Liz por um breve momento. —Sim , ela está muito bonita — disse apenas, com a voz baixa. Com passos firmes, se aproximou.