Ele respirou fundo, mas ainda assim não disse nada. Era impossível negar.
Dona Ana estreitou os olhos.
— O senhor errou. E feio. Porque aquela menina te ama. Bastava ter dado o que ela esperava de você: amor. Confiança. Ela te entregou o coração, e você devolveu com desconfiança e controle.
Alexander abaixou o olhar. Aquilo doía mais do que qualquer acusação formal em tribunal.
— Vai nos expulsar daqui agora? — ela perguntou, erguendo o queixo, desafiadora.
Ele balançou a cabeça devagar.
— Não. Não vou. Pelo contrário… estou doando este lugar para vocês. Em agradecimento.
Dona Ana o encarou, surpresa. Antes que pudesse responder, a porta se abriu. O advogado de Alexander entrou, trazendo uma pasta de documentos em mãos.
— Está tudo aqui — disse, entregando o envelope a Alexander
. — A transferência oficial do imóvel para o nome da senhora Ana e do senhor José.
Alexander assinou ali mesmo, diante deles. E então, como se o peso aumentasse, sentou-se em uma das cadeiras do salã