DENVER NARRANDO
Cheguei no hospital com Eva e logo peguei os documentos dela para fazer a ficha. Ela estava agarrada em mim, muito fraca.
— Você comeu alguma coisa hoje? — Perguntei.
— Eu comi, mas vomitei tudo. Estou assim desde ontem. — Ela disse e eu respirei de forma profunda, a colocando sentadinha em um banco na sala de espera.
Fiz a ficha dela, e então, voltei para sentar ao seu lado.
— Você tá se sentindo muito mal? — Perguntei. Ela concordou com a cabeça.
— Estou.
— Vem cá, deita a cabeça no meu ombro. — Eu falei.
Eva, mesmo brava comigo, encostou a cabeça em meu ombro e fechou os olhos.
Alguns minutos depois, o médico chamou e eu a guiei até ele.
— O senhor é pai da criança? — O médico perguntou.
— Sim, eu sou. — Afirmei.
Pela primeira vez, naquele momento, fui chamado de pai. A verdade é que minha cabeça estava uma confusão, eu sentia um turbilhão de coisas, mas decidi deixar pra resolver essa bagunça depois. Eu precisava estar ali pela Eva.
O médico leu a ficha e fez algum