O clima estava insuportável. A sala, antes tão familiar, parecia um campo minado. Ninguém sabia onde pisar. O silêncio depois da fala da Rosa se estendia como um fio esticado demais, prestes a arrebentar.
Foi então que o Diogo deu um passo à frente. A expressão dele era séria, tensa. E, diferente do costume, havia dureza na voz quando falou:
— Chega.
Todo mundo se virou pra ele.
— Thomás, você vai sair do casarão agora. — continuou, firme. — Se quiser continuar vendo sua irmã e sua mãe, pode ficar no povoado. Em uma das casas da cooperativa, a gente dá um jeito. Mas aqui dentro, não mais.
Thomás abriu a boca, pronto pra rebater, mas Diogo não deu espaço.
— Eu não vou discutir. Não aqui, não agora. Você cruzou uma linha e eu não vou assistir quieto.
O sorriso sumiu do rosto do Thomás.
— E a Rosa… — Diogo virou-se para ela, com o mesmo tom firme, mas mais cuidadoso. — A senhora vai pra casa agora. Amanhã a gente conversa com calma.
Rosa hesitou. Seus olhos encontraram