Laura
Acordei levemente desorientada, com os olhos ainda pesados pela noite anterior. Pisquei algumas vezes, tentando me situar, e só então olhei para o relógio da cabeceira — já era manhã do dia seguinte.
Virei o rosto lentamente, e percebi que estava sozinha na cama. O lençol ao meu lado ainda guardava o calor tênue do Bernardo que já havia saído. Suspirei baixo, sentindo uma mistura de vazio e confusão tomar conta de mim.
A noite anterior tinha sido intensa. Em todos os sentidos. Física, emocional… e, de alguma forma, até silenciosamente vulnerável. Por um momento, tive a impressão de que havíamos atravessado uma barreira invisível. Mas agora, tudo parecia nebuloso.
Levantei-me da cama e fui para o banheiro, tomei um banho e fiquei pensativa. Amanhã seria o aniversário da Lena. Eu precisava sair para comprar um presente para ela.
Após o banho, vesti um vestido leve e confortável, penteei os cabelos ainda úmidos e saí do quarto. O clima estava fresco, agradável, e meu es