Laura
Fechei a porta do banheiro atrás de mim e soltei um suspiro.
Minha expressão no espelho estava impassível, mas por dentro… por dentro, eu sabia que aquela conversa tinha me afetado.
Bernardo queria me testar. Jogar comigo.
E eu não podia permitir que ele vencesse.
Abri o hobby, deixando-o escorregar pelos meus ombros antes de entrar no chuveiro. A água quente caiu sobre minha pele, mas não levou embora a tensão que se instalou no meu corpo.
Eu sabia que ele estava irritado. Sabia que, naquele exato momento, ele provavelmente estava se perguntando o que fazer comigo.
E, no fundo, isso me divertia.
Bernardo sempre gostou de ter o controle. Gostava de me provocar, de me desafiar, de ver até onde eu aguentava sem demonstrar fraqueza.
O problema era que eu jogava esse jogo há muito mais tempo do que ele.
E, por mais que uma parte de mim quisesse acreditar que nada daquilo me atingia, eu sabia que estava mentindo para mim mesma.
Porque quando ele perguntou se ter