Lívia recuou rapidamente e escondeu o desenho atrás das costas. Entre as respirações irregulares, ela virou-se.
— Buongiorno. — disse a governanta ao entrar com a mesinha de café. — Se eu fosse a senhora, não mexeria nisso. — elevou o queixo, indicando o quadro. — O seu marido nunca deixou que outras pessoas entrassem nesse quarto. Apenas eu tenho permissão para limpar uma vez na semana.
— Certo! — Lívia concordou.
Permaneceu com as mãos atrás das costas.
— Trouxe o seu desjejum. — A mulher de cabelos brancos exibiu a mesinha de café.
— Obrigada!
— É melhor a senhora colocar esse desenho no lugar.
A funcionária arrumava aquele quarto desde que Enrico era um menino. Na época, ela ficou chocada com os primeiros desenhos, mas depois de um tempo, ela se habituou ao modo como o pequeno Enrico extravasava toda a sua dor e raiva, já que o tio nunca o levou para um acompanhamento adequado com um psicólogo.
Lívia rapidamente, pôs o desenho no lugar. Pegou a mesinha e sentou-se em uma