Nos dias que se sucederam, Lívia já subia a escada e realizava os seus afazeres. Em alguns momentos, sentia falta do trabalho e dos colegas da clínica. Certa tarde, ela divergiu com o marido porque ele insistia para que Lívia ficasse mais alguns dias em casa. Enrico saiu do quarto batendo a porta, em seu íntimo, ele acreditava que a esposa sentia falta do amigo.
Ao cair da noite, Lívia estava com o cãozinho Bob, na sala de estar, quando foi surpreendida pelo rapaz que fazia parte da gangue. O cãozinho correu direto para o seu cuidador.
— O chefe mandou te entregar. — deu o ramalhete com arranjo de margaridas amarelas, vermelhas e brancas para Lívia. — Vamos, passear Bob! — Colocou a coleira no cão e saiu.
Havia um pedido de desculpas e um convite para o jantar no bilhete que ela retirou de dentro do buquê.
— Buonasera, doutora Ricci! — A governanta de cabelos grisalhos cumprimentou a médica.
— Buonasera!
Lívia ainda tinha um sorriso no rosto quando olhou para o embrulho e para a saco