Lúcia Mendes
A enfermeira terminou de aplicar o calmante no meu braço, e a sensação quente se espalhou lentamente, como se quisesse me convencer a relaxar quando tudo dentro de mim gritava. Eu me sentei na maca, respirando fundo, tentando parecer mais forte do que realmente estava.
"Agora me diz, doutor… por favor, não enrola." Minha voz soou trêmula, mas firme. "O que aconteceu com a minha mãe?"
Ele se aproximou um passo, apoiando a prancheta contra o corpo. "Agora ela está estável, mas permanece em observação. Na queda, bateu a cabeça e sofreu um corte pequeno. Não é grave por si só… mas com a diabete dela, qualquer ferimento pode se complicar. Não