O som da chave girando na porta ecoou pelo pequeno apartamento assim que Clara chegou. Descalçou os sapatos ali mesmo na entrada e soltou um longo suspiro. Os cabelos ainda carregavam o perfume do jantar elegante, e nas mãos, o arranjo de flores que Augusto havia lhe dado ainda parecia fresco, como se estivesse impregnado pela magia daquele encontro.
Ela caminhou até a sala, acendeu um abajur e colocou as flores com cuidado em um vaso de vidro no centro da mesinha de centro. Ficou ali, em pé, observando as pétalas como se elas pudessem lhe contar mais sobre ele. Tudo naquela noite tinha sido inesperadamente perfeito — desde o modo como ele apareceu em sua porta até as conversas descontraídas durante o jantar. Era como se o universo tivesse decidido lhe dar um respiro depois de tanto tempo.
Pegou o celular e viu uma mensagem de sua amiga, enviada algumas horas antes: “Me conta tudo assim que chegar! 😍”
Clara sorriu, sentando-se no sofá com as pernas cruzadas, ainda de vestido e maquia