O dia continuou a se arrastar, e Clara sentia como se o tempo estivesse se arrastando mais lentamente do que nunca. Cada minuto que passava parecia ser uma eternidade, e ela sabia que, ao final da tarde, teria que tomar uma decisão. Ela ainda não sabia como iria fazer isso, mas sabia que precisava dar um passo. Não podia mais ficar apenas em um estado de indecisão. Não sem consequências.
O telefone de Clara tocou enquanto ela estava na varanda da casa, tentando pensar no que fazer a seguir. Era Gabriel. Ela hesitou por um momento antes de atender.
— Oi, Clara — disse a voz dele do outro lado da linha, fria e controlada, mas com um toque de preocupação. — Como você está? Já tomou alguma decisão?
A palavra "decisão" ecoou na mente de Clara como um lembrete cruel de que ela tinha que escolher entre sua família e seus próprios sentimentos. Mas ela não sabia como explicar isso para ele, ou pior ainda, como justificar suas incertezas.
— Eu... ainda estou pensando — disse Clara, tentando