Thomas… — Anne o chamou, sonolenta. Havia cochilado após uma tarde intensa.
Ele fez um sinal para ela esperar. Anne, que o conhecia bem, revirou os olhos, ciente da obsessão dele pelo trabalho. Sabia que ele não ficaria ali por horas, atolado em ligações, só porque ela estava presente. Ainda assim, levantou-se e caminhou pelo apartamento, despida, num claro ato de provocação.
Chamou-o mais uma vez e, finalmente, ele encerrou a ligação com Tyler de forma prática. Voltou-se para ela, os olhos densos, ardendo com desejo contido e uma autoridade silenciosa que fazia o ar entre eles pulsar. Cada silêncio parecia dizer mais do que mil palavras.
— Não quis acordá-la. Você havia pegado no sono — disse ele, com voz rouca, olhos fixos nos lábios dela, como se os estudasse.
— Me beija — sussurrou Anne, sentindo um arrepio subir pela nuca, eletricidade na pele.
— Seu pedido é uma ordem — murmurou Thomas, com um meio sorriso lento e calculado, consciente do efeito que causava. Pegou-a