207. As Complicações Ao Nosso Redor
O almoço termina por volta das quatro da tarde, e estou exausta. Não fisicamente, mas mentalmente.
Duas horas tentando decifrar cada palavra e expressão do Lorenzo quando falava sobre a família.
— Obrigado pelo almoço — Lorenzo diz, beijando a mão da minha mãe. — Foi tudo maravilhoso.
— Imagina, caro — ela sorri. — Volte sempre que quiser.
— Cuide bem da minha filha — meu pai diz, apertando a mão de Lorenzo.
— Sempre — ele responde, tão sério que faz meu coração acelerar.
Nos despedimos de todos e caminhamos até o carro em silêncio. Lorenzo parece perdido em pensamentos, como se o almoço o tivesse deixado reflexivo.
— Eles gostaram de você — comento quando entramos no carro.
— Sua família é… acolhedora — ele responde, ligando o motor. — Também gostei deles.
Assinto, aliviada por tudo ter dado certo, apesar das perguntas e comentários. Lorenzo começa a dirigir em silêncio.
— Você sente falta da sua família?
Ele para no semáforo e me olha, como se a pergunta o tivesse surpree