202. Segundos de Puro Terror
A lua já está alta no céu, mas continuamos na cama dele, onde passamos o dia inteiro alternando entre conversas, comidas e… outras atividades.
— Mais rápido — sussurro no ouvido dele, cravando as unhas em seus ombros.
— Não — Lorenzo murmura contra meu pescoço, as mãos firmes na minha cintura. — Assim está perfeito.
Estamos completamente perdidos um no outro quando algum celular toca na mesa de cabeceira.
Ignoramos na primeira vez, mas ele insiste, tocando de novo.
— Deixa tocar — ele murmura, intensificando seus movimentos.
— E se for importante? — pergunto, ofegante.
— Nada é mais importante que isso — responde, mas o celular toca pela terceira vez.
— Lorenzo…
Ele solta um palavrão baixinho e para os movimentos, me fazendo gemer de frustração.
— Atende logo — resmungo, pegando o aparelho. — Antes que eu jogue isso pela janela.
É minha mãe, claro.
— Ciao, mamma — atendo, tentando controlar a respiração.
— Aurora, finalmente! — a voz da minha mãe soa do outro lado. — Por que demorou