170. Conflitos Mais... Intensos
Quando chego à empresa, ainda estou tentando processar o que acabou de acontecer.
Parceria. Com o homem que me tira do sério com uma facilidade assustadora.
Passo pela recepção quase no piloto automático e sigo direto para o andar administrativo. Preciso contar para o meu pai antes que ele descubra por outra fonte.
— Principessa — meu pai levanta os olhos dos documentos quando bato na porta. — Conseguiu o contrato?
— Mais ou menos — respondo, fechando a porta ainda hesitante. Não faço ideia de como ele vai reagir.
— Como assim, mais ou menos?
Ele franze o cenho e larga a caneta. Me sento na cadeira em frente a ele, passando a mão pelos cabelos.
— Digamos que a situação ficou… complicada.
Nos minutos seguintes, conto tudo o que aconteceu no prédio da BMCTech.
Meu pai ouve em silêncio, mas sua expressão vai mudando de expectativa para surpresa, e então para uma irritação contida.
— Parceria — ele repete, tamborilando os dedos na mesa. — Com a LT Villani.
— É isso ou perdemos o contrato