143. Uma Verdade Que Mudará Vidas
“Ettore Bianchi”
O mundo para.
Antônio congela com a arma ainda apontada para mim, a expressão mudando de ódio para pura confusão.
— O que você disse? — pergunta, a voz num sussurro trêmulo.
— Ettore é seu filho, Antônio. Nosso filho — minha mãe diz, chorando.
Minha mente se recusa a processar o que acabou de sair da boca dela. Metade de mim torce para ser uma mentira desesperada.
Mas o olhar dela, cheio de culpa e medo, não deixa espaço para dúvida.
— Isso não é possível — murmuro, quase sem voz. — Meu pai era Victor Bianchi.
— Victor foi quem te criou — ela responde, a voz fraca. — Mas biologicamente… você é filho do Antônio.
— MENTIRA! — ele berra, sacudindo a arma. — Você está me manipulando!
— Não estou mentindo! Ettore nasceu oito meses depois que você me deixou. Acha mesmo que foi coincidência?
— Por que nunca me contou? — pergunto, ainda atordoado.
— Porque quando descobri que estava grávida, ele já ia se casar com outra — ela diz, desviando o olhar. — E o Victor