132. No Meio de Todo Essa Caos
“Liz Bianchi”
Acordo com a sensação de que algo está errado.
A cama ao meu lado está fria. Vazia. Olho para o relógio na mesinha de cabeceira: três e quinze da manhã.
— Ettore? — chamo baixinho, mas não há resposta.
Me levanto devagar, tentando não sentir tontura. A gravidez ainda faz minha cabeça rodar, principalmente quando acordo no meio da noite.
Caminho pela casa, verifico o escritório, a sala, a cozinha. Nada.
Decido voltar ao quarto para pegar o celular e só então vejo o bilhete sobre a mesinha de cabeceira: “Piccola, precisei dar uma saída. Volto já. Te amo.”
Meu coração dispara. Onde ele foi às três da manhã? E por que não me acordou?
Me sento na cama, pego o celular e ligo para ele.
— Piccola? — ele atende no segundo toque. — Você deveria estar dormindo.
— E você deveria estar aqui comigo — rebato, preocupada. — Onde você está?
— Saí para resolver uma coisa, mas chego em alguns minutos.
— Que coisa, Ettore? — insisto. — São quase três da manhã!
— Liz, por favor,