115. Todos Temos escolhas
Isabella continua em pé atrás da mesa, mas agora… parece outra pessoa. A arrogância habitual foi substituída por algo que reconheço.
Cansaço. O tipo de cansaço que vem de carregar um peso que nunca deveria ter sido seu.
— Todos temos escolhas, Isabella — digo, me aproximando. — O que muda são as consequências.
— É fácil dizer isso — rebate, finalmente me encarando. — Pelo visto, você nunca precisou fazer o que mandavam.
Ela solta uma risada amarga e balança a cabeça.
— Você escolheu sua carreira, escolheu com quem se casar, escolheu seu próprio caminho — continua, agora em um tom mais baixo. — Eu nunca pude escolher nada. Nem meus próprios sentimentos.
— Isabella, do que você está falando? — pergunto, tentando entender onde ela quer chegar.
— Esquece — murmura, passando a mão pelos cabelos. — Você não entenderia mesmo.
— Tenta me explicar — insisto, sentindo que tem mais coisa aí do que ela quer deixar transparecer. — O que quer dizer com “nunca ter tido escolha”?
Isa