111. Zero Paciência Para Mentiras
 “Max Whitmore”
 Quando entramos no apartamento da Giulia, fico impressionado com o quanto o espaço reflete a personalidade dela.
 Cores vibrantes, plantas em todos os cantos, paredes com quadros abstratos e tecidos espalhados por uma mesa de trabalho improvisada na sala.
 Me viro para encará-la e a encontro colocando os girassóis num jarro com água. Preciso me lembrar de agradecer à Liz pela dica.
 — Quer alguma coisa para beber? — ela pergunta, quando termina. — Tenho vinho, café, água…
 — Pode ser um vinho — respondo, ainda observando o ambiente. Quando ela volta, não resisto a comentar: — Seu apartamento é… exatamente como imaginei.
 — Como assim? — pergunta, abrindo uma garrafa de vinho tinto.
 — Caótico, mas organizado. Colorido. Cheio de vida — explico, aceitando a taça que ela me oferece. — Igual a você.
 Ela franze as sobrancelhas, tentando esconder um sorriso debochado.
 — Não começa com elogios — avisa, se sentando na poltrona em frente ao sofá onde me acomodei. — Ainda est