104. Parte da Nossa História
O garçom volta com nossos cafés e, por um momento, ficamos em silêncio, apenas saboreando a familiaridade do momento.
— Sabe o que mais me impressiona? — pergunto, mexendo o açúcar no latte.
— O quê?
— Que, se naquela manhã me dissessem que você seria o amor da minha vida, eu teria rido — respondo, sorrindo. — E olha onde estamos.
— Confessa que você se apaixonou por mim naquela mesma manhã — ele rebate, com um sorriso confiante.
— Convencido! — exclamo, observando o movimento da cafeteria ao nosso redor. — E agora? O que fazemos depois daqui?
— Agora — ele diz, levantando-se e estendendo a mão — quero te mostrar todos os lugares onde me apaixonei por você.
Aceito sua mão e me levanto. Após pagarmos a conta, saímos do café sorrindo, num clima incrivelmente leve.
Caminhamos pelas ruas de Bolonha de mãos dadas e, a cada esquina que viramos, mais memórias voltam à tona.
Seguimos por ruas que conhecemos de cor, até chegarmos aos portões da universidade. Para minha surpresa, eles