- Onde está Sirena? – Perguntei.
- Debaixo da casa.
Senti meu coração acelerar a uma ânsia me consumir.
- Debaixo da casa? Vocês... Brigaram? Você... A... – Eu diria “matou”, mas a palavra se recusou a sair da minha boca.
- A echarpe está debaixo da casa.
- Que echarpe?
- Tem uma madeira do assoalho solto. Não erga ela, Sirena.
- Mãe... Nós duas brigamos? Eu sou Sirena... E... Bati em você? Tentei me defender? Para onde eu disse que iria quando parti?
- Taj Mahal.
- Taj Mahal! – Repeti, lembrando de Sirena falando sobre aquele lugar quando parti. – Taj Mahal, 25 anos... – falei, confusa – No dia 25 de dezembro... – Aquilo era loucura!
- Você não vai chegar no Taj Mahal, Sirena.
- Mãe, eu sou a Tayla.
- Tayla? Sim, o nome dela será Tayla, porque eu decido. Não será Márcia. Sirena, eu quero tomar banho.
Levantei a mão, a fim de tocar o rosto dela, mas não o fiz. Ela nunca me deu carinho e talvez por aquele motivo eu não conseguia lhe dar também. Não sei se minha mãe era o tipo de pessoa