Ele tentou se concentrar, chamou os líderes de cada equipe, revisou estratégias, mas no fundo sempre havia aquele pensamento insistente.
De repente, o celular vibrou sobre a mesa. Ao ver o número no visor, um arrepio percorreu sua espinha. Era a assistente social. Alessandro respirou fundo antes de atender.
— Alessandro, eu liguei porque precisamos conversar sobre a Jade — disse a voz firme, mas gentil do outro lado da linha. — Ela está bem fisicamente, mas… está cada vez mais emotiva. Chorou muito nos últimos dias, sempre pedindo pelo “papai”.
Alessandro franziu a testa.
— O papai? — perguntou em um tom baixo, quase incrédulo.
— Sim. — Houve uma breve pausa do outro lado. — O que ninguém esperava é que ela se apegou a você. Alessandro, quando Jade pede pelo papai… é você que ela chama.
Por alguns segundos, o silêncio reinou no escritório. Alessandro apoiou o cotovelo sobre a mesa e passou a mão pelo rosto, tentando processar aquilo. O coração, treinado para guerras, missões e operaçõ