Depois de almoçar e organizar a última tarefa com Maria, decidi dar uma volta rápida pelo quintal e pelo portão. Foi então que algo chamou minha atenção: um pequeno papel preso discretamente no cantinho do portão.
Como morava em uma mansão, cartas não eram algo comum — e certamente não dessa forma. Peguei o papel, examinando com cuidado, mas não havia assinatura, nada que me dissesse de quem poderia ser. Só restava o conteúdo da mensagem, que, para minha surpresa, continha uma ameaça anônima.
Senti um frio na espinha, mas respirei fundo. A casa tinha câmeras por todos os lados, e eu sabia que, se fosse algo realmente sério, conseguiríamos rastrear. No momento, parecia mais estranho do que perigoso.
— Melhor não ligar para isso… — murmurei para mim mesma, amassando o papel e jogando-o fora.
Ainda tentando deixar a estranheza para trás, meu celular tocou. O visor mostrou o nome de Alessandro. O coração disparou instantaneamente.
— Alô? — disse, a voz carregada de saudade.
— Cristi