Cristina respirou fundo e se deixou deitar novamente ao lado de Alessandro. Ele a recebeu em seus braços, aconchegando-a contra o peito. O silêncio por alguns minutos foi confortável, apenas o som da respiração de ambos preenchendo o quarto.
Alessandro beijava o topo da cabeça dela com ternura, enquanto sua mão fazia um leve carinho em seus cabelos. Cristina se surpreendia com o quanto estava à vontade ali, como se aquele lugar fosse, de repente, um pedaço de lar.
— Eu disse que não queria abrir os olhos e não te ver — ele murmurou com um sorriso discreto, apertando-a de leve contra si.
Ela ergueu o olhar e riu baixinho, ainda com um rubor tímido no rosto.
— Você fala como se eu fosse sumir.
— Tenho medo que desapareça... — ele confessou, sério, passando os dedos pelo rosto dela. — Cristina, você mexeu comigo de um jeito que eu nem sei explicar.
As palavras dele ecoaram fundo em seu coração. Ela ainda carregava inseguranças, mas não podia negar que havia verdade no olhar dele.