Ia me levantar apesar de não ser a minha maior vontade, mas antes de fazer o esforço para isso, a porta do meu quarto foi aberta e papai colocou a cabeça para dentro, observando atento o meu estado caótico.
— Já parou de chorar, docinho?
Então eu fui mais escandalosa do que imaginei... Ele ouviu.
— Acho que não vou conseguir sair desse quarto pelos próximos trinta anos, e olha que eu queria comprar um loft daqui a uma semana, mas nem essa empolgação vai ser suficiente. — Levei as mãos ao rosto e tapei qualquer resquício de maquiagem borrada que poderia ter por ali.
Os passos calmos do homem fizeram um pequeno barulho por causa das pantufas arrastando no chão e dois segundos depois senti a cama afundar ao meu lado.
— Eu não sabia que estava pensando em sair de casa.
— Preciso — murmurei ainda me escondendo como uma criança amedrontada.
— Apenas se for a sua real vontade, se quiser uma melhor privacidade, porque se for por mim, sabe que nunca vou me incomodar com a sua presença. Você é