Os olhos, outrora frios, agora queimavam em tons de cinza flamejante.
 As mãos cerradas, o maxilar travado.
 A pedra da lua caída no jardim estava em seu punho — um símbolo. Uma ferida aberta.
 A única coisa que restava de Selena.
 O vínculo entre eles… desaparecera.
 Não rompido.
 Bloqueado.
 E isso só significava uma coisa: ela estava em um lugar onde nem ele conseguia alcançá-la.
 Um lugar onde o instinto não encontrava caminho.
 Onde não havia mais regras.
 — DARIAN! — gritou um conselheiro quando ele atravessou o salão principal.
 Mas ele não respondeu.
 Avançou com determinação sombria, os passos pesados ecoando como trovões contidos.
 E com um movimento veloz e preciso, empurrou o conselheiro contra a parede, interrompendo o ar do homem com um só golpe no peito.
 O silêncio caiu.
 Rayan, ao lado, tentou interceptá-lo. Mas ao ver o olhar do Alfa… recuou.
 Não havia mais dúvida.
 A justiça tinha um nome.
 E seu nome era Darian.
 — Nada… nem ninguém vai me deter — rosnou, a voz car