O calor da banheira ainda parecia colado à pele de Selena, mesmo depois que Darian a acomodou na cama e cobriu suas pernas com o lençol limpo. O corpo estava exausto, mas o coração ainda não desacelerara.
O castelo, do lado de fora, parecia em silêncio.
Mas era um silêncio estranho.
Como o que vem depois de uma explosão — quando tudo está inteiro por fora, mas despedaçado por dentro.
Darian se sentou ao seu lado, ainda com os cabelos úmidos e o olhar em constante vigília. Não era mais o Alfa transformado em fera. Mas o homem, agora... era ainda mais perigoso.
Perigoso para quem tentasse tirá-la dele.
— Está com dor? — perguntou, pegando mais uma toalha para secar as mãos.
— O suficiente pra me lembrar que estou viva.
Ele olhou para ela com um riso fraco no canto dos lábios. Quase um alívio.
— Você quase não esteve.
Selena desviou o olhar. A lembrança dos homens invadindo os depósitos ainda doía mais do que o corte na perna.
— Eleonora... ela ainda estava viva quando me tirar