O corredor estava em ruínas, mas o lobo permanecia firme. De pé. Alerta. Os olhos cinzentos varrendo cada sombra como se ainda houvesse ameaça escondida sob os escombros.
Darian não rugia mais. Mas também não havia voltado.
Ele era puro instinto.
Quando Aron tentou se aproximar, foi impedido por um rosnado baixo, gutural, como se dissesse: “Ninguém mais toca nela.”
A missão estava clara.
Selena estava segura — mas o território ainda não.
Foi apenas quando dois dos guardiões mais leais chegaram que o Alfa permitiu aproximação. Um deles, sob o olhar feroz da criatura, ajoelhou-se diante de Selena.
— A pedido dele... — murmurou o homem. — Vamos levá-la para seus aposentos.
Ela assentiu com um gesto fraco.
O corpo doía, principalmente a perna, machucada durante a queda. Mas o que mais pesava era o cansaço que vinha da alma. A sensação de ter estado a um fio de perder tudo.
Inclusive ele.
Enquanto era carregada pelos braços firmes do guardião, olhou por cima do ombro e viu Darian