O céu começou a escurecer lentamente, tingindo a floresta de tons profundos de azul e âmbar. A brisa da tarde arrastava folhas secas pelo caminho de volta ao castelo, enquanto os sons da vila desapareciam atrás de Selena e Darian.
Depois da conversa com a Anciã, Selena não disse mais nada. Apenas caminhou ao lado de Darian em silêncio. Ele respeitou seu tempo — não a pressionou, não fez perguntas. Só permaneceu ali, como escudo e abrigo.
Quando chegaram ao castelo, o sol já beijava o horizonte. A estrutura rústica, com suas paredes de pedra e janelas altas, parecia mais viva naquela noite.
No quarto iluminado pelas primeiras velas acesas, Selena sentou-se na beirada da cama. O tecido simples dos lençóis roçava suas pernas, mas ela mal sentia o toque. O corpo estava ali. Mas a alma… ainda estava presa àquela manhã, às palavras da Anciã, ao nome da mãe, ao sangue do pai.
Ela passou a mão sobre a pedra da lua. Quente. Palpitante. Quase viva.
O sono não vinha.
Então, depois de longos