(Esmen)
— Você tem perguntas, não tem? — ele foi o primeiro a quebrar o silêncio tenso, mas sua intenção me deixou muito confusa. Parecia até atencioso por me notar em um momento como aquele. Sua voz baixa me espetou novamente.
— Existem muitas coisas a serem esclarecidas, e eu sei que você tem dúvidas.
— Me responda todas elas quando estiver longe da morte. — Eu queria saber sobre seus acordos, suas informações e, em especial, sobre minha mãe. “Teria ele algo a ver com a morte dela?”
— Quanta consideração. — quis ser sarcástico, mas o encarei com raiva.
— Foi um erro tentar contra você, eu confesso. Portanto, agora só se recupere para me dar o que quero, por pelo menos uma vez! — digo enfurecida.
— Levarei como um pedido sincero de desculpas. — disse em um murmúrio.
Apertei os dentes, pressionando sem intenção um pouco mais a ferida, provavelmente causando um novo retorno de sangue.
— Nesse ritmo você não terá nada de mim, se não minha morte e o silêncio para suas respostas. — murmur