No passado.
O ar na balada "Pulse" de Porto Cristal era pesado, saturado de batidas eletrônicas e o cheiro de suor e álcool caro. Rebeca Irving estava no auge de sua beleza e de sua ambição imprudente. Estava cansada da bajulação dos Irving, estúpidos, sempre corriam para ela ao menor sinal de lágrimas, tratavam como uma boneca de porcelana, mesmo Liam Hawksmoor, como podia ser tão cego! Provocar a trouxa da Olívia estava perdendo a graça. Vestida para matar, ela bebia um coquetel forte, observando a multidão com um tédio crescente.
De repente, seu olhar encontrou o dele. Quem seria esse homem?
Ele estava encostado no bar, um homem de presença inconfundível. Alto, vestindo um terno sob medida que não gritava dinheiro, mas sussurrava poder. Seus traços eram angulosos, tipicamente eslavos, e seus olhos, de um azul quase cinzento, eram enigmáticos e frios, varrendo a sala com uma indiferença calculada.
Os dois se encararam por um instante, um contato visual intenso que durou ape