Por estar muito tempo sem usar salto alto, Poliana andava devagar, se apoiando em Gustavo o tempo todo.
Aquela cena parecia uma exuberante rosa negra enlaçada a um elegante leopardo negro.
Embora o leopardo fosse igualmente imponente, aos olhos de todos, só havia espaço para aquela flor.
E esta, por sua vez, se mostrava um tanto tímida, evitando olhar diretamente para frente, o que a tornava ainda mais encantadora.
Não eram apenas os atores ao redor que a observavam hipnotizados; Hélder, contemplando sua aluna, sentia ao mesmo tempo admiração e uma pontada de pesar. Sentado logo atrás dele, seu assistente se inclinou para murmurar em seu ouvido:
– O senhor ainda está pensando em lançar a Poli?
Hélder arqueou os olhos, sorrindo suavemente.
– Com a beleza e talento da Poliana, se ela estreasse, nossa equipe a impulsionaria direto ao estrelato. Sem dúvida, ela se tornaria uma estrela fenomenal.
O assistente comentou:
– E como o senhor pode ter tanta certeza? A Poli nem é aluna da Escola