Entrar no hospital me causa vertigem. O cheiro estéril de álcool e os passos apressados ecoando pelos corredores me passam uma sensação claustrofóbica, mesmo que o espaço seja amplo.
Tirei boa parte do terno de três peças ainda no carro, a gravata estava me sufocando e o colete parecia comprimir minhas costelas. Agora a camisa está com dois botões abertos e as mangas arregaçadas até os cotovelos.
Estou grudando de suor e minhas mãos parecem tremer mais agora do que antes, talvez porque estou cada vez mais perto de vê-la e não tenho certeza ainda do que vou encontrar.
Enzo me recepciona com um copo de café. Olho ao redor e meu amigo lê minha mente quando responde: