O sol ainda nem havia se erguido completamente sobre Montserra quando Isabela acordou com o som insistente da campainha.
Olhou no relógio. Seis e meia da manhã. Quem, em sã consciência, aparecia naquela hora?
Ela apertou os olhos, ajeitando o roupão sobre o corpo, e caminhou até a janela. Viu, do alto, um carro esportivo preto estacionado bem na frente da mansão. O coração dela parou por um segundo.
— Não pode ser... — sussurrou, sentindo um frio na espinha.
A campainha tocou novamente, dessa vez mais longa, impaciente.
Antes que ela pudesse sequer pensar em descer, escutou passos firmes no corredor. Leonardo, impecável como sempre, mesmo de calça de moletom e camisa preta, estava descendo as escadas com cara de poucos amigos.
Isabela seguiu atrás, seu coração batendo descompassado.
Quando Leonardo abriu a porta, o mundo dela virou de cabeça para baixo.
— Bom dia, Vasconcellos. — A voz debochada e carregada de falsa educação fez Isabela quase perder o equilíbrio. — Espero não estar at