O silêncio dentro do carro era tenso, pesado, quase palpável. Leonardo dirigia com os olhos fixos na estrada, os dedos apertando o volante com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos. Isabela, no banco ao lado, mantinha os braços cruzados e o olhar perdido pela janela, tentando organizar os próprios pensamentos.
— Você não precisa fingir que está bem — ele quebrou o silêncio, sem desviar os olhos da estrada.
Ela respirou fundo, fechando os olhos por um segundo.
— Eu estou bem, Leonardo. — Sua voz saiu mais firme do que ela realmente se sentia.
Ele bufou, descrente.
— Você acabou de encarar seu ex-noivo, aquele canalha, na frente de todo mundo… depois de tudo o que ele te fez. — Seu maxilar estava travado. — Isso não é algo fácil.
Isabela se virou para ele, segurando no tom.
— Não, não é. Mas se tem algo que eu aprendi desde que aceitei esse casamento… é que não posso mais me deixar abalar por quem não merece minha energia.
Leonardo apertou ainda mais o volante.
— Eu juro, se