O salão parecia ter se transformado em um campo de batalha disfarçado de festa. As taças tilintavam, os sorrisos eram falsos, e os olhares… afiados como lâminas.
Isabela segurava o braço de Leonardo com elegância, a postura impecável, mas cada passo que dava era uma afirmação para si mesma: ela não era mais a mulher traída, humilhada, descartável. Agora, era uma Vasconcellos. E se aqueles olhares esperavam vê-la quebrar… sairiam decepcionados.
— Está pronta? — Leonardo perguntou ao ouvido dela, a voz baixa e rouca, enviando um arrepio pela espinha dela.
— Mais do que nunca — respondeu, mantendo o sorriso impecável nos lábios.
— Ótimo, porque Sabrina está vindo na nossa direção — avisou, fingindo brindar com uma taça de champanhe.
Isabela não precisou nem procurar. O perfume adocicado e enjoativo da rival chegou primeiro que sua presença. E lá estava ela: Sabrina. Impecável, maquiada, vestindo um vestido vermelho justo demais, sorrindo como se fosse dona do mundo… ou, pelo menos, dona