Lucian sentia o peso da noite como uma corrente apertada ao redor de seu peito. O salão principal estava vazio agora, mas a tensão que ficara para trás ainda impregnava o ar. O Conselho havia sido dispersado, mas o julgamento pairava como um espectro sobre cada um deles. Astor havia se retirado em silêncio, e Lucian sabia que, apesar de sua postura fria, o outro rei estava tão abalado quanto ele.
Ele não conseguia se afastar. Seus pés o levavam quase de forma involuntária pelos corredores silenciosos, onde apenas os guardas e alguns criados permaneciam. O destino de seus passos era inevitável: os aposentos de Elise. Mesmo sem entender totalmente por quê, ele precisava vê-la. Precisava ver com os próprios olhos que ela ainda estava ali.
Quando chegou à porta do quarto, encontrou a curandeira e o médico real saindo, suas expressões carregadas de preocupação. O olhar da mulher encontrou o dele e, sem hesitar, ela falou:
— Sua presença e a de Astor são essenciais agora. A ligação enfraque