Elise sentia o peso do dia assim que os primeiros raios de sol atravessavam as cortinas de seu quarto. Seu corpo já dava sinais do cansaço acumulado: ombros doloridos, cabeça latejando, e uma exaustão mental que ameaçava dominá-la. Todos os dias pareciam os mesmos. Contudo, ela não tinha tempo para fraquezas ou se lamentar. As aulas de etiqueta começavam logo cedo, e a Lady Geneviève não era conhecida por sua paciência.
Sentia que a sua investigação estava empacada, mal tinha tempo entre as aulas de etiqueta que praticamente tomavam o seu dia todo. Suspirou conternada.
Sentada à penteadeira, Elise observava a criada preparar o chá que ela secretamente solicitara. Aquela mistura era sua única segurança contra os planos do conselho e dos reis. Enquanto a jovem derramava o líquido fumegante na xícara, Elise perguntou com desinteresse fingido:
— Alguém viu você trazendo essas ervas?
A criada ergueu os olhos rapidamente e balançou a cabeça.
— Não, minha senhora. Fiz como pediu. Ninguém sus