Christian Müller -
A noite foi longa. O sono nunca veio, foi difícil pregar o olho com tanta coisa acontecendo ao meu redor. Eu até perdi o foco sobre o que vim realmente fazer nessa cidade.
Eu permaneci deitado, olhando para o teto escuro do quarto, enquanto minha mente repetia a cena no corredor incontáveis vezes.
A voz dela ainda ecoava na minha cabeça, junto com a sensação de suas mãos contra meu peito.
Quando o sol finalmente bateu conta as cortinas, eu desisti de tentar dormir.
Me levantei e tomei um banho frio, me vestindo com a mesma precisão de sempre.
Eu até poderia parecer apresentável, mas só eu sabia a bagunça que eu estava por dentro.
Desci para o café da manhã antes da conferência, esperando que um pouco de cafeína pudesse afastar a exaustão.
O restaurante do hotel estava tranquilo, apenas algumas poucas pessoas sentadas às mesas. Peguei uma xícara de café e servi até a borda, sentindo o aroma forte subir no ar.
E então, senti o impacto.
Algo, ou melhor, alguém, bateu c