Christian Müller –
Peguei meu copo e ergui levemente na direção dela.
— Então, a negócios? — Minha voz saiu arrastada, provocativa, testando a reação dela.
Laura não desviou o olhar. Pelo contrário. Pegou seu próprio copo e ergueu no mesmo nível.
O toque gelado dos cristais ressoando entre nós, fez com que um brilho inundasse seus olhos.
— A negócios. — Ela concordou e então bebemos ao mesmo tempo.
O líquido desceu queimando, mas não mais do que a forma como ela me olhava.
Laura inclinou levemente a cabeça, me estudando como se tentasse decifrar algo.
— Você sempre leva tudo tão a sério, Christian? – Ela perguntou com um tom baixo e sensual.
O jeito como meu nome saiu de seus lábios me fez cerrar os olhos.
— E você sempre propõe negócios num bar, depois de algumas doses? – Perguntei a rebatendo, encarando-a fixamente. – Isso não é perigoso?
Ela sorriu, inclinando-se um pouco para frente, deixando o perfume dela chegar até mim, como uma lembrança que eu nunca tive. Aquele cheiro não er