Christian Müller –
Laura pegou a pasta, hesitou por um momento e por fim, assinou.
Quando ela a devolveu para Mark, ele apenas assentiu e se afastou, mas eu continuei ali, observando cada pequeno movimento dela.
Ela não ousava me encarar.
Seu olhar estava fixo na UTI, onde Nathan estava cercado por médicos e máquinas que piscavam e apitavam em um ritmo constante. Eu podia ver a tensão em seus ombros, o jeito como suas mãos tremiam levemente ao lado do corpo.
Ela estava quebrada.
Mas não tanto quanto eu.
— Finalmente parou de fugir. — Minha voz cortou o silêncio.
Laura fechou os olhos por um instante antes de se virar para mim.
— Eu nunca fugi.
Soltei uma risada baixa e sem humor, cruzando os braços.
— Não? Seis anos, Laura. — Minha voz estava fria, controlada. — Você desapareceu, levou o meu filho com você… E tem a coragem de dizer que não fugiu?
Ela abriu a boca, mas nada saiu.
— Eu… — engoliu em seco. — Eu fiz o que achei que era certo.
— O que era certo? — Repeti, deixando a incred