Assim que ouvi as palavras de Christian, meu olhar se fixou no dele, tentando decifrar o que realmente queria me dizer.
Eu senti como se tivesse algo a mais por trás disso. Como se ele estivesse me polpando de alguma coisa. E foi então que me lembrei das palavras dele na noite do teatro.
“Eu estava mesmo disposta a aguentar aquilo para estar ao lado dele”?
Soltei um suspiro pesado, sentindo um aperto no peito. Dei um passo à frente, reduzindo a distância entre nós, meus olhos ainda presos aos dele.
Christian abriu um sorriso ladino, aquele que sempre me fazia perder o fôlego, e ergueu a mão para tocar meu rosto. Seu toque era quente, reconfortante, mas também me deixava vulnerável.
— Foi por isso que você ficou assim? — sua voz saiu baixa, como se apenas eu devesse escutar.
Fechei os olhos por um segundo antes de soltar o ar preso em meus pulmões.
— Eu a vi comprar essa gravata... — minha voz saiu mais suave do que eu esperava. — E ela me provocou.
Os dedos dele traçaram um caminho le