Laura Stevens –
A feição daquele médico me deixou em choque por um instante. Por um mísero segundo eu cheguei a pensar que havia perdido tudo, até que a porta se abriu e enfermeiros passaram por ela, empurrando-a apressadamente.
Era ele.
Christian estava ali, mas parecia tão… frágil.
Seu rosto estava pálido, os lábios secos e levemente entreabertos, e o peito subia e descia devagar, como se cada respiração fosse um esforço.
Fios e tubos saíam dele, ligados a monitores que apitavam em um ritmo constante, mas nada me dava a certeza de que ele estava realmente ali comigo.
—Vamos levá-lo para o quarto. Ele ainda está muito comprometido. Perdeu muito sangue, e seu corpo chegou a um limite de exaustão profunda.
Minha garganta se fechou, e um nó se formou no meu estômago.
— O que isso quer dizer? — Minha voz saiu em um fio.
O médico parou e me encarou diretamente.
— Temos quarenta e oito horas para observar sua reação. Esse é o período mais crítico. Durante esse período, peço que se organize