Assim que o cofre se abriu, meu coração disparou. Não sabia o que esperar, mas quando meus olhos pousaram no que estava lá dentro, fiquei sem palavras.
Um urso de pelúcia.
Meus dedos tremeram ao pegá-lo. Era o meu urso. Aquele que eu amava quando era criança e que, de repente, desapareceu no dia em que fui visitar meu avô no hospital.
Eu tinha cinco anos naquela época. Agora, com vinte e cinco, segurá-lo novamente fez com que uma onda de melancolia me atingisse em cheio.
Como algo tão pequeno podia carregar tantas lembranças?
Abracei o ursinho por instinto e sem pensar, o aproximei do rosto, inalando seu cheiro. Era diferente agora, com o tempo e o mofo impregnados no tecido desgastado, mas ainda assim, de alguma forma, era familiar.
Foi então que senti algo duro dentro dele.
Meus olhos se arregalaram e meus dedos buscaram por aquela diferença no enchimento. Virei o ursinho e deslizei a mão por sua costura, até encontrar uma pequena abertura. Minhas mãos ainda trêmulas puxaram um obje