Alexa
Três semanas.
Era o tempo que havia passado desde que deixei a cidade, desde que fechei a porta atrás de mim sem olhar para trás. A Itália foi um refúgio inesperado, um lugar onde pude respirar das feridas deixadas, longe da dor que me esmagava cada vez que lembrava dele.
Mas a distância não apagava as feridas, não mudava o passado.
Todas as noites, ao deitar, eu sentia o peso do silêncio que ficou entre nós. A discussão repetia em minha mente como um eco cruel, me lembrando de que na hora em que eu mais precisei de confiança, ele me ofereceu desconfiança, ele me virou às costas. Eu havia dado tudo de mim, e ainda assim, fui julgada, acusada e abandonada.
E ele havia jurado nunca me abanar. Pelos vistos ele nunca me amou como eu o amei.
Relações ruins são bem mais fáceis de esquecer, sei que vai doer porquê foi tão bom.
Agora, porém, não estava mais sozinha. Dentro de mim, três coraçõezinhos batiam, frágeis, mas cheios de vida. Meus trigêmeos. Eles eram a força que me mantinha